Quando o amor e a
solidariedade são mais fortes do que o preconceito, ambas as partes ganham.
Foi o que aconteceu
com a auxiliar geral Sílvia Rodrigues Coelho, de 23 anos, moradora de Presidente Prudente, que é deficiente auditiva. Isso, porém, não a impediu de
ter uma vida normal, como trabalhar, sair com os amigos e curtir ao lado do
marido Luiz Henrique Ribeiro , de 25 anos, a companhia da cadela da raça pit
bull, que também não ouve. A relação de Sílvia com a cadela teve início em uma
página de adoção de animais abandonados em uma rede social, há cerca de um ano
e meio. Sílvia viu a pit bull de cor branca à espera de uma família, e, ao ser
informada de que o animal tinha problemas auditivos, despertou a vontade de
adotá-lo.
“Foi tudo muito
inesperado e surpreendente encontrar um cão surdo. Mas a Sílvia não descansou
até conseguir a adoção. Eu acho que foi uma das melhores decisões que tomamos”,
comenta Luiz.
Ao trazê-la para
casa, Luiz conta que o animal estava um pouco assustado, mas Sílvia se
prontificou a ensinar linguagem de sinais para a pit bull, que aprendeu
comandos básicos, como sentar, sair da sala, não morder, não fazer xixi em
determinado locais, entre outros, contribuindo com a convivência entre a
família e o animal.“Aos poucos, as duas
foram se conhecendo e se entendendo.
Hoje em dia, a pit bull obedece só aos
comandos da Sílvia com o uso de sinais. É uma relação única, composta de muito
carinho e paciência. É como se ela entendesse que a Sílvia tem a mesma deficiência”,
relata o marido.
Para Luiz, a relação
da esposa com o cão é considerada a prova de que nada é impossível para os
seres humanos e para os animais. “Foi um presente surpreendente que foi
construído na base da paciência e isento de qualquer preconceito”, afirma.
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